Totalitarismo Educacional (Complicação)
- Maurício Mafra
- 10 de dez. de 2017
- 3 min de leitura
Para entender a ligação entre o totalitarismo e a educação brasileira temos que compreender o que é o Direito. O Direito à algo é o dever do terceiro. Isso quer dizer o seguinte, se alguém tem o direito à algo outro alguém terá a obrigação de fazê-lo, por exemplo, se uma criança tem o direito de ser alimentada isso implica, necessariamente, que alguém precisará alimentá-la. Por menor que seja o vigor da lei essas três reações irão acontecer, 1ª) alguém irá perde a liberdade de ações, 2ª) alguém perderá a liberdade de escolha e 3ª) o aumento do Estado. A primeira se refere a perda de ações da pessoa que tem o dever de fazer algo, a segunda se refere ao fato de que alguém terá que ter algo determinado pela lei, o que nem sempre coincidirá com o que ela almeja, e a terceira ao fato do Estado ter que criar justiças especiais, pessoas para examinar e controlar, etc., para isso ela irá aumentar os impostos, logo toda a população será afetada. Essa receita não só formará um Estado gigantesco, intocável e burocrático, como o Estado tornar-se-á, aos poucos, totalitário.
A educação brasileira está sendo o alvo desse totalitarismo desde a promulgação da constituição de 1988. Essa constituição possui diversos dispositivos para que seja inserido, ao longo do tempo, diversas emendas, a fim de "complementá-la". Essas emendas começaram a ser inseridas em 1996, chamadas de LDB ( Leis de Diretrizes e Bases), pelo governo do PSDB (Social-Democracia). Já nos governos Lula e Dilma, temos diversas emendas inseridas e a mais recente, e a pior de todas, é a da BNCC. Quem leu a minha primeira publicação já deve estar entendendo aonde isso vai parar.
A complicação disso é evidente, quanto mais Leis são introduzidas mais o Estado cresce, menos liberdade teremos e, consequentemente, a sociedade ficará sufocada. Usando um véu democrático os governantes aumentam seu poder e aliciam a população com diversas técnicas de manipulação impedindo as disputas, as discussões e as revoltas populares. Desta maneira não há luta, apenas massacres e cabeças rolando sob a guilhotina das Leis. Possuímos pouca esperança ao lutar contra esses fanáticos. Neste momento o Estado brasileira converte-se no pós-totalitarismo.
Combater as ideologias nas entrelinhas da BNCC ou discordar democraticamente de um ponto de vista ou outro, usando o estilo e estrutura de linguagem que eles utilizam é derrota na certa. A consequência direta disso e a validação do emprego dessas emendas, bem como das pessoas que determinam as leis de cima para baixo. Caso percam um ponto, mas as antigas emendas persistirem, eles atacarão com mais força e precisão, pois aqueles que discordaram já usam o mesmo linguajar, isto é, como usar as armas e técnicas do inimigo.
É aterrador o fato de que essa luta só pode ser ganha se negarmos 100% de tudo que vier deles, discordar radicalmente. Se apenas um parágrafo entrar na constituição do jeito que eles (os atuais professores universitário principalmente) querem será o motivo de infiltração de outras mais.
O ideal é a rejeição de todas as antigas emendas, e refazê-las do zero com apenas um objetivo, garantir a liberdade dos pais para o ensino/educação de seus filhos e impedir novas emendas tentem distorcê-las. Só assim poderemos ter uma democratização escolar, com um participação popular mais ativa e menos burocrática. O cerne da questão é a intromissão excessiva das Leis determinando tudo que se deve fazer na escola, nos colégios, no ensino técnico, no ensino superior, etc., tanto nos âmbitos municipais, como nos estaduais e nacional.

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