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IV - Liev Tolstói

  • Foto do escritor: Maurício Mafra
    Maurício Mafra
  • 10 de dez. de 2017
  • 2 min de leitura

A Russia teve e tem um papel de destaque no desenvolvimento da cultura Ocidental. A primeira delas surge mediante a separação da Igreja Católica Romana da Igreja Ortodoxa Grega. Depois vai fazer frente e derrotar, mais por feitos naturais do que estratégicos, o imbatível exército francês comandado por Napoleão Bonaparte, pondo um fim em uma das mais tristes revoluções humanas. Venceu a revolução externa, mas acabou sucumbindo para sua própria revolução em 1917, que por sua vez irá modificar substancialmente a história mundial, muito mais negativamente do que positivamente. Entre a vitória externa e a derrota interna a cultura russa sobe vertiginosamente, tendo seus maiores expoentes em literatura, música, dança, etc., dentre eles Fiódor Dostoiévski e o próprio Liev Tolstói, na literatura e o Grupo dos Cinco em música clássica.

Liev Tolstói (1828-1910) nasceu em uma família aristocrática desfrutando de todas as suas vantagens. Sua participação na campanha da Crimeia, junto com seu gênio mais descritivo, deram base para a construção de uma obra prima da literatura mundial, Guerra e Paz. O objetivo deste livro era educar, mostrando ao público leigo a realidade da guerra. O livro trata das guerras Napoleônicas, embora tenha personagens marcantes, como o próprio Napoleão, os verdadeiros heróis são soldados comuns, e o personagem principal não é o príncipe, mas sim um camponês simples e analfabeto. Este por sua vez representa todos os requisitos do cristianismo. Suas outras obras importantes são Ana Karenina, Confissões e Ressurreição.

"Ele amava a todos e convivia amorosamente com todos aqueles com os quais a vida o punha em contato e, em especial, com o homem - não com um homem em especial, mas com os homens que lhes estavam diante dos olhos."

Tolstói incentiva uma educação voltada à terra-natal, à seus conterrâneos e à religiosidade, isto é, cultivar um amor à pátria e aos valores morais. O intelectual deveria buscar, em suas raízes nacionais, seus ideais e assim tornar-se parte do espírito patriótico e moral. Isso não implica que devamos avançar sobre outros território nem impor as virtudes de cima para baixo, mas sim preservar esse patrimônio para que sirva de exemplo. Portanto a educação não era apenas saber, mas era a identificação do conhecimento local e para suas aplicações nacionais e futuras.

"As melhores obras de arte de nossa época transmitem sentimentos religiosos que incitam à união e à fraternidade entre os homens."

Temos então que o professor não só eram os profissionais que transmitiam as informações, como também eram os modelos a serem seguidos. Então, o professor deveria estar imbuído de importância de sua vocação do que ser um perito no assunto, deveria interessar-se por todos os aspectos da vida.

"Somente uma personalidade livremente desenvolvida e armada de informação e conhecimento pode modificar a vida."

Suas teorias educacionais demonstravam que a personalidade do professor era de suma importância. Caso o professor fosse frio e hostil, ele se tornaria uma influência negativa, doutro modo se amasse realmente sua vocação e considerasse a personalidade do aluno, tornar-se-ia um canal de esclarecimento e civilização.

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Trabalho realizado por iniciativa própria.  2017

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