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História da Educação na Antigüidade

  • Foto do escritor: Maurício Mafra
    Maurício Mafra
  • 12 de abr. de 2018
  • 2 min de leitura

Comentarei mais uma vez sobre a história da educação, desta vez analisando a grandiosa obra História da Educação na Antigüidade, de Henri-Irénée Marrou. Nesses comentários pretendo abordar os temas que para mim foram mais reveladores, pois não são mencionados pelos professores e nem nos livros mais difundidos, ou por malícia daqueles que conhecem o poder revelador de tal assunto, ou por falta de conhecimento mesmo ou faltam-lhe senso de proporção.

O livro foi dividido pelo autor em três grandes partes, a primeira abordando os autores principais da educação grega indo de Homero à Isócrates, passando pelos Sofistas e Platão, há uma sub-divisão, sendo ela a abordagem das cidades-estado gregas, como Esparta e Atenas. A segunda parte é composta por todo o período Helenístico, tratando agora das instituições escolares com suas abordagens disciplinares e curriculares. Por último temos a educação romana chegando à educação cristã.

Mas antes de adentrar nos assuntos citados iremos introduzir o que será, de modo geral, a educação na antigüidade. Definiremos a educação, a antigüidade e a a curva de sua evolução até o final desse período.

"O microcosmo da escola refle o macrocosmo da cultura."

A educação é composta por procedimentos coletivos pela qual uma sociedade insere as gerações mais novas na cultura. Logo, ela é um fenômeno acessório desta última, cuja representação apresenta-se como uma síntese da sociedade (escapam da regra apenas as sociedades ilógicas, onde a realidade nada tem a ver com a educação, ou seja, aquela que a cultura segue para um fim enquanto que a educação torna-se antagônica a essa direção).

"A cultura clássica não nasceu com a cabeça virada para trás, olhando para o passado... ela está firmemente estabelecida num imóvel presente, os mestres estão ali, pouco importa que eles hajam aparecido em tal ou qual momento histórico."

A antigüidade varia dos escribas orientais (egípcios e persas), passa pelos minóicos e micênicos, ruma para os gregos ( espartanos e atenienses), dirigi-se para os helênicos (Atenas "decaída"), sucedida pelos romanos e culmina nos cristão até o fim do império.

"A educação clássica busca formar o homem enquanto homem, e não enquanto elemento a serviço de um maquinismo político, enquanto semelhante a uma abelha na colméia."

A curva evolutiva não é trivial, não segue caminhos lógicos e não é padrão por todos os povos, mesmo aqueles que são de mesma cultura, vide Esparta e Atenas. Sendo a educação os procedimentos coletivos visando a perpetuação da cultura, temos que ela passa da sua própria proteção para uma complexidade maior, isto é, uma passagem da educação guerreira para de escribas. Sabe-se que civilizações amadurecem de diversas formas, mas veremos que toda a educação grega é uma passagem lenta dessa primeira para a última, onde seu desfecho terminará na educação de escribas cristãos. Assim sendo, a educação começa fundamentalmente militar, visando a formação física e do caráter, e progride para uma cultura mesclada entre valores físicos (esportes, escoteirismo, lutas e atividades militares.) e artísticos (música, literatura, pintura, escultura, entre outras), que por fim será empregado os valores racionais, organizado em torno de um livro por excelência. É nesse último estágio que vemos o homem em seu ápice, quando ele deixa de um ser meramente terreno e começa a visar o céu.

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Trabalho realizado por iniciativa própria.  2017

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