Aula I: Leitura da Ilíada
- Maurício Mafra
- 27 de jan. de 2019
- 3 min de leitura
Atualizado: 28 de mar. de 2020
Vamos fazer a leitura, elementar e inspecional, com alguns comentários dos cem primeiros versos da Ilíada, traduzida por Carlos Alberto Nunes, publicado pela editora Nova Fronteira. Deixarei os link's aqui abaixo onde eu transpus estes versos, recomendo ou imprimi-los ou escrevê-los ou ter o livro em mãos, lembrando que pode ser outra edição ou de outro tradutor, o importante é ter ele escrito na hora da leitura.
Primeira Estrofe, 1-16: Homero invoca a musa, uma das filhas de Zeus que inspira os artista, para que ela lhe conte a cólera de Aquiles, causador de sofrimentos terríveis aos gregos. Tudo isso era previsto por Zeus desde o princípio da briga entre Aquiles E Agamémnone. O motivo da discórdia foi a ofensa que Crises, filha de um sacerdote de Apolo, sofreu de Agamémnone, seu pai veio resgatar-lhe (não conseguindo no primeiro momento como veremos).
Segunda Estrofe, 17-21: O sacerdote, pai de Crises, fala aos gregos pedindo-lhes que deixe sua filha em suas mãos, e assim eles conseguirão destruir as muralhas da Troia.
Terceira Estrofe, 18-25: Todos os heróis concordaram, somente Agamémnone recusa, pois ele a tinha como escrava.
Quarta Estrofe, 26-32: Agamémnone insulta o sacerdote e fala-lhe que os símbolos do deus Apolo nada valem. Ignora o pedido e diz que ela, Crises, vai ficar muito longe da sua terra natal tecendo-lhe e compartilhando cama dele. Por último ameaça o sacerdote para que se retire caso queira viver.
Quinta Estrofe, 33-36: O sacerdote acata a decisão, por medo das ameaças, e vai à praia orar ao deus Apolo.
Sexta Estrofe, 37-42: Ao orar pede que Apolo proteja sua filha e que vingue-o, pois ele construiu-lhe templos e fez muitas oferendas.
Sétima Estrofe, 43-52: Ao ouvir as suplicas de seu sacerdote, Apolo desce do Olimpo indignado, levando seu arco e flechas. Fica próximo aos navios onde dispara contra os gregos. Começa a matar primeiros os animais, e depois contra os homens, levando-os à morte.
Oitava Estrofe, 53-58: A deusa Hera com pena dos gregos, depois de nove dias de extermínio, inspira Aquiles a reunir o povo na ágora. Então Aquiles versado na arte de falar começa o discurso.
Nona Estrofe, 59-67: Aquiles fala à Agamémnone que o povo e ele quer voltar para casa vivos, assim precisam consultar sem demora um profeta, sacerdote ou entendedor de sonhos, para saber o direcionamento a ser tomado, se será necessário fazer sacrifícios ou ofertar presentes caros ao deus Apolo.
Décima Estrofe, 68-73: Levanta então Téstor, interprete de sonhos, que tinha guiado os navios dos gregos para Ílio, e que tinha ganho tais dons de Apolo.
Décima primeira Estrofe, 74-83: Téstor se dirige a Aquiles, mas antes de dizer o real motivo de Apolo estar furioso pede sua proteção, pois sabe que o rei não gostará.
Décima segunda Estrofe, 84-91: Aquiles assegura que nada acontecerá a Téstor depois que ele contar o que sabe, pois ele, Aquiles, é o melhor de todos, mesmo que Agamémnone ache o contrário.
Décima terceira Estrofe, 92-100: Téstor então conta que o motivo não foi a falta de sacrifícios, mas sim de Agamémnone ter ofendido o sacerdote de Apolo, de não ter lhe entregado a filha. Agora Apolo deseja que lhe entregue a filha ao sacerdote e que façam um sacrifício de animais.

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