Ensaios sobre o futuro da educação - Formação dos Docentes
- Maurício Mafra
- 20 de set. de 2017
- 4 min de leitura
A formação dos docentes é um ponto central na educação, já que sem professores qualificados não há educação eficiente, sendo-os a ignição primeira. Vejamos, em linhas gerais, a formação acadêmica de tais profissionais hoje no Brasil, o que se resumirá na vida universitária dos cursos de licenciatura e pedagogia.
Tem-se então o seguinte quadro, no ano de 2012 registrou-se mais de 200 mil alunos concluintes nos cursos de licenciatura, sendo 112.137 apenas do curso de pedagogia, o que dá por baixo uns 80 mil docentes nas diversas áreas de licenciatura, contendo mais de 1.500 cursos na área da pedagogia. Diga-se de passagem que são números realmente colossais, onde no ano de 2012 o segundo curso a possuir mais concluintes. Ora, a primeira análise que pode ser feita é, não deve faltar bons profissionais para os melhores cargos ou mesmo faltar para atender as demandas e as expectativas da população ou, também, ter profissionais com as mais variadas linhas de pensamento. Isso na verdade não ocorre na realidade.
Com todo esse quadro até respeitado no âmbito quantitativo por que não há qualidade na educação brasileira? Nem muito menos uma diversidade dos pensamento que englobam esse curso, tanto nos professores das universidade como nos docentes recém formado? Visto que não temos discussões acadêmicas de alto nível, sendo simplificada apenas por uma demagogia fraca e um alto grau de polidez, que de certa forma só faz aumentar o ego de ambos os lados da "discussão". Então, o que há de errado?
Tentando reduzir sem perde a essência temos o seguinte quadro, um bloco ideológico que quer controlar todo o globo, identificado como globalização, por meio da educação e de manipulação psicológica, todas elas recorrendo à educação de base bem direcionada. Esse quadro está bem descrito no livro Maquiavel Pedagogo, de Pascal Bernadin, que demonstra organizações globais, tais como UNESCO e ONU, interferindo em todas as nações através da educação de base, leia-se infantil, de modo a gerarem uma população domesticada ao seu bel prazer. A questão se fundamenta na facilidade de conduzir um povo, esse fundamento é a imbecilidade, que tornará essa condução muito mais fácil, pois precisará de poucas pessoas, levando a uma "estabilidade governamental" mundial. Fundindo esse controle supra estatal com a falta de interesse do povo brasileiro para com o estudo, o Brasil se torna um ambiente livre e sem empecilhos para essa mudança brutal. Temos um ambiente aconchegante para essa ideologia. A realidade do problema consiste na esterilização do pensamento logos nas tenras idades, depois vêm as catalogações dos diversos pensamentos, para fichar os "problemáticos" e então são feitos vários procedimentos com o intuito de mudar seu comportamento, ou seja, a educação passa para a simples e pura manipulação, onde os pensamentos realmente importantes para o desenvolvimento intelectual deixa de ser o ponto principal, quando não deixado até de fora do espaço onde se aprende, e passa a reinar os comportamentos sociais.
Haverá, sem sombra de dúvida, uma decadência da educação não importa o quanto se invista, ocorre o oposto, quanto mais se investe na educação pior ela fica, em razão do que está se dando as crianças, jovens e adultos, a mais pura manipulação psicológica e não educação. O comentário da palestra sobre o BNCC deixa bem claro isso, o próprio BNCC é uma prova disso, bem como a LDB (Leis de Diretrizes e Bases) e o MEC (Ministério da Educação e Cultura) no Brasil, e a UNESCO, SANTANDER e ONU não brasileiras. Temos os materiais didáticos, provas mais do que cabais sobre o declínio da nossa educação e do envolvimento desse globalistas, de que tudo não se trata de educar e sim de manipular ou fazer parte do grupo social vigente. Se já não bastasse, o problemas de corrupção que afetam mais "diretamente" a população, pois afetam o que elas podem comprar, comer, diversão, etc., ofuscam o verdadeiro problema, que é a falta de educação, ou seja, esses caras sempre atacam de dois lados opostos, e sempre o povo fica no meio, se tratando um povo extremamente dinheirista não iria atacar a frente intelectual, prefere atacar a frente da corrupção, que no fim das contas é um problema que pode ser remediado em um período curto, mas a outra frente para ser contornado demorará algumas gerações.
Afinal o que há de errado? Um povo que não se interessa em educar-se primeiro e depois ser bem sucedido, como se fosse possível ser bem sucedido sem se educar. Prefere optar pelo caminho impossível, largando o ouro por quinquilharias de outros povos, tudo isso devido a sua falta de vontade. Então a primeira coisa fundamental é se educar, no blog há algumas referências, segundo para a melhoria da educação é necessário não reconhecer poderes que interfiram de modo global, nacional ou mesmo regional, tudo tem que ser decidido nas famílias ou no máximo na cidade, nunca em termos tão grandes, terceiro é não dar aval livre para estes docentes formados nas universidades brasileiras, primeiro há de vê-los em prática e, de acordo com suas condutas, avaliá-los com anseios e preceitos da comunidade local. Tudo isso é basicamente entender a história do seu povo e ver para onde ela queria ir.
Portanto a formação dos docentes brasileiros nas universidades são, em sua esmagadora maioria, um compilado de manipulação psicológica, doutrinação ideológica e desprezo pela realidade. Querendo ou não os alunos de tais cursos são induzidos a fazerem essas aberrações sem nem perceberem, visto que não sabem que há outras coisas além dessa maçante idéia. Essa formação muito precária em argumentos, sempre voltada a generalizações infundadas e não compatíveis com o pensamento dos pais, sociedade e expectativa que ela têm sobre os novos formandos.
"O povo que não conhece sua história, está fadado a repeti-la." Edmund Burke

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