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Ensaios sobre o futuro da educação. - Introdução

  • Foto do escritor: Maurício Mafra
    Maurício Mafra
  • 27 de ago. de 2017
  • 4 min de leitura

A educação deve ser o tema fundamental em qualquer sociedade, já que ela determina os cursos da mesma, bem como os níveis de liberdade que atinge, progressos religiosos, morais e científicos. Ela não se tornou o tema principal debatido por nós, nem na mídia e nem nos círculos acadêmicos mais populares, deixando-a para o "alto clero" discutir. É notório o engajamento político dessas altas cúpulas em favor de uma causa política unilateral, deixando as claras que é um movimento de dominação por meios "legais". O povo não tendo participação ativa, devido a sua falta de interesse, levadas tanto pelas próprias dificuldades do tema como pelas falhas intelectuais causadas por uma péssima educação, sempre sai perdendo, acreditando ela que as pessoas desse alto cargo farão as melhores escolhas.

A influência política demasiadamente é prejudicial, já que mesmo em uma ambiente democrático as relações de força sempre pendem para um lado. Ora, mesmo que esse pendulo fique do lado da verdade, que não é o caso, das melhores opções, enfim, que seja a melhor alternativa, deixar tal escolha na mãos de poucos ou de círculos muito restritos, tanto de idéias como de pessoas, tornará a sociedade cada vez mais fraca. Pois em algum determinado momento a balança pode pesar para o lado ruim e o futuro de milhares de pessoas estarão condenados. Essa interferência política demasiadamente irá apenas enrijecer mais a educação, os campos das idéias e as práticas pedagógicas, levando por fim de estrangular a liberdade e o ambiente democrático. Dessa forma o debate jurídico e político sobre o tema tem que ser mínimo. Não sendo mínimo os debates jurídicos e políticos por trás dos interesses na educação, construir-se-á um grave problema.

Além dessa interferência gigantesca na educação, temos outro agravante. Acontece que a matéria de educação mesma nunca entra em discussão nos debates públicos, nem muito menos nas cátedras, eles sempre ficam de fora ou são debatidos implicitamente, tornando-os inacessíveis ao público mais interessado. Isso não só é uma camuflagem dos interesses dos mais variados grupos, como é uma forma de não mostrar ao público a real importância do tema. Consequentemente é necessário trazer à tona este debate, na tentativa de elaborar conceitos concretos da educação e estipular melhorias.

Então apresenta-se dois problemas, a interferência de grupos minoritários que não estão alinhados com a verdade e a não presença do objeto real nos debates. Esses dois problemas já são suficientes para causar uma grave confusão no senso comum. Para exemplificar essa distorção observa-se o seguinte exemplo, a maioria das pessoas querem cursar uma universidade para conseguir um determinado emprego, ou seja, o estudo não tem fim último o conhecimento e sim um cargo, respeito, etc. Isso por si só já matou tudo o que era de mais valioso nos cursos universitários. Outra idéia absurda é que o ensino universitário deve ser dado as massas em grandes quantidades imediatamente. Essa linha de pensamento irá destruir, e já está destruindo, a educação universitária brasileira.

Todavia, ainda resta algumas pessoas ilesas a essa malha fina de pensamento e conseguem ver o valor da educação em si mesma, possuindo então uma linha de raciocínio coerente com a realidade. Mas devido a pressões institucionais e pessoais acabam trilhando o caminho oposto. Servindo de entreposto para que grupos, como descrito acima, se apossem de seu conhecimento e usem-no para seus fins maquiavélicos. Até aquelas que possuem um conhecimento para a verdade e busca ferrenhamente esse caminho, acabam por usar os meios daqueles que quis combater, entrando nos meios jurídicos e políticos para mudar a situação.

Mas nem tudo está perdido, ao menos essas pessoas trazerem pelos meios errados o debate da educação, consegue, por meios indiretos, despertar esse tema a muito deixado de lado. E não se trata de os fins justificarem os meios, trata-se da trazer a tona os debates com o objeto da educação na mesa, e nisso alguns movimentos estão com toda a razão.

Dito de uma forma mais direta, a educação é puramente manipulações psicológicas, tanto a educação nacional quanto internacional. Isso leva a mudança do comportamento de um indivíduo sem que ele perceba, levando-o até o ponto de fazer coisas contrárias ao senso comum, vide o experimento do professor Stanley Milgram. Dessa forma algumas pessoas vêem o alto potencial da educação com valor em si mesma, unidas com interesses coletivos e pessoais levam a subversão da educação, como vemos atualmente em boa parte do mundo, e o Brasil não poderia estar de fora.

Portanto este trabalho irá mostrar como o debate precisa ser, de forma clara e sucinta para que todos a compreendam. Só ai que iniciará os discursos com as massas, levando-as a uma possibilidade real de melhoria, tanto de suas vidas pessoais, como para seus descendentes e seus círculos de influência. Por isso este trabalho será o resultado da tentativa de responder algumas questões, unir o pensamento em torno desse tema, para ter-se bagagem quando observar discussões, debates, aulas, etc., enfim, para trazer a superfície uma verdade noção de educação, que tanto precisamos, mesmo que seja uma obra singela, poderemos com ela abrir novos horizontes.


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Trabalho realizado por iniciativa própria.  2017

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